Quantas pessoas passam por nossas vidas todos os dias desde que nascemos e quantas delas amamos de coração e alma, sejam nossos parentes, nossos melhores amigos, nossas paixões de criança, de adolescente, nossas paixões atuais... O tempo se vai mas o amor permanece nas lembranças, independente do que tenha acontecido os bons momentos foram vividos, seja com aquele melhor amigo que hoje não é mais, seja com o melhor amigo que hoje é e um dia pode parar de ser, seja com o melhor amigo do hoje e para sempre, com o melhor amigo de uma toda vida ou, com aquele que era melhor amigo e voltou para nossas vidas. Assim também funciona com nossas paixões, com nossos amores, com nossos apegos e chamegos que ao vivê-los abominamos dores. Vejo as pessoas reclamando que hoje em dia as pessoas amam rápido demais, mas também vejo elas reclamando das que não tem tempo para amar, vejo elas reclamando quando falam de amor mas também vejo reclamar quando não falam dele, vejo as pessoas se esquecendo que elas também são as pessoas. Claro que há palavras jorradas da boca para fora, porém nunca serão vazias, há algo maravilhoso chamado universo, e mesmo que você ou outro alguém não sinta o que diz, o universo emite cada palavra em sentimento para quem se refere, para quem profere, e mesmo que ela não seja "aquela" pessoa, ela foi a pessoa do momento e sempre será, a pessoa daquele instante, assim como você também será na vida dela, sem que ninguém possa ocupar o espaço. A nossa história é feita de um todo, é construída por nossas escolhas e ao mesmo tempo ela foge do nosso querer. Para que se exista história, precisa de vida, precisa de situações não só elaboradas mas sim vividas, precisa de sentimentos, precisa de emoções, precisa de aprendizagem, que não adquirimos com uma só pessoa que chegue a ficar ou que esteja de passagem. Nossas vidas são viagens, com inúmeras bagagens que estão sempre organizadas para partir e bagunçadas ao passear, trocadas quando se desgastam mas que não deixamos de gostar, dos momentos em que vivemos com aquela mala que hoje não pode mais nos acompanhar, e o que vivemos com cada uma delas nessas viagens, por mais novas bagagens, nenhuma terá a mesma realização para contar. Que amemos e continuemos à amar, todos aqueles que contribuíram com a passagem, com a ausência, com a permanência e todos que ainda estão para chegar.